ECONOMIA
ONLINE | Construção | 16.JAN.14
Novos processos e máquinas ajudam a reduzir o tempo de execução de obra e, conseqüentemente, os gastos
Por Ana Paula RIBEIRO
As construtoras investem cada vez mais em novas tecnologias para tornar o processo produtivo mais célere e, dessa forma, reduzir o prazo de execução das obras. O objetivo é que esses novos métodos ajudem a reduzir o custo final de cada obra. Embora ainda não haja indicadores oficiais sobre o aumento da produtividade no setor, as empresas já começam a colher alguns resultados.
Um dos exemplos é a Rodobens Negócios Imobiliários, que optou por fazer as fundações em um sistema chamado de “radier” e as paredes dos empreendimentos em concreto fluido. Em ambos os casos, a execução é mais rápida sem a necessidade de contratar mais trabalhadores. No caso das paredes, por exemplo, o sistema dispensa a aplicação de reboco, o que faz que após pronta, a parede já possa receber acabamentos e pintura. Com isso, a empresa conseguiu reduzir em 80% o volume de entulho, como restos de blocos e madeira.
A empresa também tem optado por kit hidráulicos, reduzindo o tempo de instalação. Segundo a Rodobens, esses conjuntos pré-montados ajudam não só na instalação, mas também no armazenamento e distribuição dos materiais. “Isso, conseqüentemente, é uma redução da necessidade de mão de obra”, disse, em nota, a construtora. Nas obras verticais, a empresa também tem usado com maior intensidade equipamentos que facilitem a execução de serviços, como empilhadeiras mais modernas.
Já a M.Bigucci, após investir em novos processos e máquinas, tem conseguido reduzir o tempo de execução das obras entre três e cinco meses. Isso significa menos tempo de pagamento de salários para executar cada obra. Para especialistas, o investimento em novos processos cresce a medida que há um encarecimento da mão de obra. “Veremos as empresas investimentos em mais máquinas e elevando a produtividade, então vamos ver o setor contratando menos”, avalia Ana Maria Castelo, economista da Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: Isto é Dinheiro