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Concreto aparente: estética e técnica que tornam o concreto aparente o “príncipe” de muitas construções

Mas o que é o concreto aparente? O concreto no Brasil é um dos materiais construtivos mais difundidos e utilizados na construção civil. A reação química, que forma os silicatos de cálcio, surge da hidratação do cimento e seus agregados, formando uma pasta que pode ser moldada e, posteriormente, endurecida para formar uma edificação segura e resistente aos esforços de uso.

O conceito arquitetônico onde o concreto estrutural fica à vista e faz parte do ambiente ou decoração, sem o uso de revestimentos ou acabamentos superficiais, é chamado, conforme o próprio nome diz, de concreto aparente. Uma dúvida comum é saber diferenciar o concreto aparente do cimento queimado. Mesmo que possuam um apelo visual parecido, o concreto aparente é um formato construtivo que representa uma forma que compõe a estrutura, seja uma viga, pilar ou laje. Já o cimento queimado é um formato de revestimento que se remete a aparência do concreto.


Para atender com a qualidade especificada ao qual esse método construtivo normalmente é solicitado, algumas recomendações técnicas devem ser seguidas para definir e orientar
o estudo da utilização dos componentes de fôrma, para melhor entendimento e qualidade do concreto acabado e aparente, conforme as normas internacionais ACI 301-10 e ACI 117-10.

AS NORMAS

A norma ACI 301-10 (especificação estrutural do concreto), atualmente especifica três categorias de acabamento da superfície de concreto. Essas categorias consideram apenas: vazios, projeções, furos de amarração, uniformidade de cor, tolerâncias nas irregularidades da superfície, juntas de concretagem e maquetes, com base nas tolerâncias da norma ACI 117-10 (especificação das tolerâncias para concretos e materiais).

O concreto acabado deve utilizar os seguintes materiais de revestimento de forma em contato com o concreto: madeira, chapa compensada, placa de concreto temperado, metais, plástico ou papéis; criando uma aparência e textura de superfície concretada que cumpram os requisitos de cada material, de acordo com o procedimento de produto acabado especificado em cada acabamento.

ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE

O acabamento superficial é dividido em 3 subcategorias, que podem ser acompanhadas na Tabela 01, onde características como: material de contato, índice de vazios, projeções, preenchimento de furos de tirantes ou gravatas, a classe de tolerância de superfícies e a realização de maquetes para a aparência e textura da superfície aparente; são premissas de categorização. A especificação de utilização pode classificar se a superfície deve ser lisa ou grossa, se deve ser exposta à vista pública ou ocultada e se a sua aparência é de especial importância.

A superfície do concreto (CSCs – concrete surfasse category), possui sua classificação crescente em quatro categorias, onde o aspecto visual é um fator marcante e de especial nível de atenção.

  1. Tabela – Descrição das categorias de superfícies de concreto aparente

ASPECTOS SECUNDÁRIOS

A textura do concreto aparente (T – texture) está relacionada à taxa que o concreto possui de índice de vazios, deslocamentos superficiais, projeções e impressões de quadros dos painéis modulares aceitáveis entre os componentes de fôrma adjacentes. Alguns vazios são provenientes da perda de argamassa. Os efeitos e tolerâncias visíveis e aceitáveis na superfície do concreto descrevem as características dos materiais em contato com o concreto.

Os efeitos visuais (SRV – sufarce Void Ratio), como o índice de vazios dos poros da superfície, são medidos dentro de um quadrado de dimensão 610 mm x 610 mm, e o percentual permitido de vazios na área de teste deve estar entre 1,20% e 0,30%. O uso de agente de liberação, como desmoldantes, limpeza, vibração, mistura de concreto e consistência final da maquete, são mecanismos para o controle desses efeitos.

Para garantir uma uniformidade das cores do concreto aparente (CU – color uniformity), é necessário o controle dos materiais que são utilizados como base de concreto e materiais de revestimento da forma. Esse controle de materiais acaba evitando o aparecimento de manchas de ferrugem e sujeiras, variações de clara e escura entre a fôrma lateral, assim como linhas de camadas de concretagem. São consideradas aceitáveis derivações de cor com manchas escuras, resultado da água do cimento que flui através de furos de prego, se apenas vistas em algumas áreas e algumas superfícies (CSC’s). Se forem vistas sobre toda a superfície, apenas é aceitável para superfícies CSC2 e menos CU1. Derivações de uniformidade de cor, resultantes do revestimento de contraplacado usado e reparado e impressões de estruturas modulares superfície, podem ser consideradas em categoria de superfície mais baixa.

As irregularidades na superfície do concreto aparente (SI – suface irregularities) obedecem a classificação de classe e uma limitação da deflexão da estrutura da fôrma, que pode variar de L/120 a L400.

As juntas de construção (CJ – construction and facing joints) são analisadas em estruturas únicas ou elevações inteiras, devendo ser esclarecidas por um projeto de situação e aparência da superfície que mencione a superfície de concreto pretendida, incluindo as juntas e os locais de arremate. A construtora escolherá o material necessário e o processo de trabalho para tal. A estrutura estudada deve possuir compensações de superfícies entre duas concretagens diferentes, com o uso de chanfros ou a construção de juntas locais.

Todas as considerações que foram apresentadas até este momento só poderão ser alcançadas com o uso adequado das fôrmas e uma assistência técnica especializada no assunto. A fôrma das estruturas de concreto (FC – form facing categories) é garantida a partir da verificação do tamanho dos furos e seus limites admissíveis, assim como dos arranhões, detritos de concreto, posicionamento do vibrador, inchaço do compensado em contato com o concreto e sua aceitação para remendos. A Tabela 02 apresenta as categorias do acabamento da face de concreto aparente.

2. Tabela – Categorias da face da forma

Sempre que decidimos utilizar uma técnica de construção que apresenta tantos desafios e processos de aceitabilidade, são criadas expectativas por parte do cliente. Essas expectativas devem ser convertidas em exigências no acabamento, que devem ser definidas previamente, evitando assim o retrabalho e conferindo o correto uso dos materiais a cada tipo de estrutura.

A SH proporciona aos seus clientes apoio, selecionando, planejando e fornecendo sistemas de Formas e painéis ajustados às necessidades de cada projeto.

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