Contribuição técnica de Erick Barros, Matheus Cima e Michael Rock.
As estruturas de concreto em balanço são aquelas em que uma ou mais extremidades ficam suspensas no ar, sem o apoio de pilares. A solução requer cuidados especiais na hora de projetar. Confira quais são os três principais aspectos que merecem atenção em um projeto de escoramento.
Tamanho dos vãos
É importante ter em mente que vãos maiores do que 2 metros necessitam de atenção redobrada em relação ao escoramento. Os perfis utilizados devem ter maior capacidade de resistência à torção e maior rigidez para que sejam evitadas deformações em excesso. Em caso de vãos acima de 3 metros, recomenda-se o uso de treliças no projeto de escoramento.
Ao se projetar um escoramento em balanço, são imprescindíveis as verificações de resistência e de deformações do conjunto. Para execução, é necessário prever a ancoragem dos perfis nas lajes de apoio e, em determinados casos, as torres precisam de estaiamento com cabos de aço para evitar tombamentos.
Segurança na montagem
Como em todo projeto, a segurança precisa ser um fator priorizado. Quanto mais detalhes um projeto tiver, menores são as chances de faltar alguma informação importante para execução. As estruturas em balanço necessitam de soluções técnicas especiais e fogem do padrão típico das demais obras. O ideal é que o projeto tenha cortes e vistas de todas as etapas de montagem, informações de cargas em postes, barras e perfis. Em alguns casos, é necessário ainda informar a flecha que será necessária para deixar a estrutura no nível correto de projeto.
Além disso, é importante contar com o acompanhamento da assistência técnica da empresa responsável, orientando quanto aos cuidados e montagem. A montagem do escoramento normalmente é realizada fora do pavimento concretado, podendo deixar a mão de obra vulnerável a quedas, por isso, além da montagem correta é necessária a utilização de todos os equipamentos de proteção individual e, claro, garantir o cumprimento da NR 18 e NR 35.
Peso e posicionamento
As estruturas em balanço de concreto armado demandam procedimentos executivos adicionais. Em comparação a estruturas mais convencionais, as lajes e vigas em balanço exigem um projeto de escoramento mais sofisticado. “Uma verificação simplificada, somente do momento fletor atuando nos equipamentos, por exemplo, não garante a segurança nesses casos”, comenta o engenheiro Michael Rock, diretor técnico da SH Fôrmas. Ele lembra que, além do dimensionamento, devem ser analisados os pesos dos equipamentos, bem como o posicionamento do escoramento no local da montagem.
Para escorar pequenos balanços é muito comum o uso de perfis metálicos, como os perfis I e W de aço estrutural. “Um modelo interessante para suportar soluções de 2 a 3 metros é o perfil extrudado de alumínio AL22, que se caracteriza por ter baixo peso e alta resistência à torção”, comenta Rock. De acordo com o engenheiro, para balanços com dimensões maiores, a partir 4 metros e cargas elevadas, a saída é recorrer ao uso de treliças metálicas. Fonte: AECweb
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