Construção da ponte sobre o Rio Poxim exigiu soluções técnicas em escoramento
Uma ponte está sendo construída com o auxílio de treliças de até 30 metros em Aracaju. A execução da Obra de Arte Especial (OAE) faz parte de uma obra de interligação das avenidas Augusto Franco e Gasoduto. A estrutura contém faixa de pedestre e ciclovia e, aproximadamente, 80 metros de extensão, divididos em três vãos.
A obra
Serão construídas duas pistas de rolamento com nove metros de largura cada uma, dois passeios com 2,5 metros cada, duas ciclovias com 1,5 metro cada, canteiro central, iluminação pública e duas pontes: duas sobre o Rio Poxim e outra sobre o riacho Pitanga. As pontes sobre o rio Poxim fazem parte de um complexo viário que está sendo construído pela Construtora Celi Ltda para o Governo do Estado de Sergipe através da Secretaria de Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (SEINFRA). A obra já é considerada como uma das mais modernas executadas em Sergipe.
O vão central da ponte já foi finalizado e os vãos das extremidades já foram lançados através de guindastes de grande capacidade, e a execução das lajes estão em andamento, para posterior pavimentação e urbanização.
Desafios e solução
Para o escoramento das 11 vigas protendidas, a SH, empresa líder em locação e venda de fôrmas, andaimes e escoramentos no Brasil, forneceu a treliça SH-300. Foram utilizadas três duplas de treliças, cada dupla medindo cerca de 30 metros e pesando quase 12 toneladas.
SH-300 são treliças para vãos até 30m, com momento admissível de 150 tf.m. Ela oferece ajuste da contra flecha e possibilidade de trabalhar com momento negativo, por exemplo, em situações hiperestáticas e em balanço.
Adélia conta ainda que, como o nível d’água do rio sofre influência da maré e na época das chuvas grande parte da cidade de Aracaju utiliza este rio para lançar seu sistema de drenagem, foram utilizados escoramentos suspensos para evitar que o escoramento entrasse em contato com a água, visto que no projeto original contemplava escoramento deste vão central sob as vigas deste vão, por que a altura livre entre o fundo das vigas e o nível d’agua do rio nas marés cheias era muito pequena tornando, assim, o sistema mais seguro. A solução nesse caso foi apoiar as treliças SH-300 em perfis metálicos que, por sua vez, estavam sobre as barras/tirantes de ancoragem.
A supervisora destaca que o maior desafio foi o apoio dos escoramentos, já que os blocos da ponte possuem geometria bastante irregular. Isso exigiu que a SH buscasse soluções específicas para cada apoio.
A concretagem das vigas do vão central da OAE, que começou no final de abril de 2017, já foi concluída.