O crescimento da construção civil, em todo o País, tem sido bastante considerável nos últimos anos e representa cerca de 8% do nosso Produto Interno Bruto (PIB). Também é um dos setores que tem gerado milhares de empregos, além de melhoria no nível salarial de operários, técnicos e possuidores de curso superior, como arquitetos e engenheiros. E isto movimenta a economia como um todo, pois para realizar uma construção, especialmente de grande porte como pontes, viadutos, metrôs, barragens, portos, aeroportos, shopping centers, hotéis e edifícios residenciais, são necessários inúmeros insumos como areia, brita, cal, cimento, vergalhões de aço, materiais elétrico e hidráulico, revestimentos, pisos, dentre outros. E o setor de transportes também é fortemente impactado, pois todo este material precisa ser levado de suas unidades fabris, até os locais dessas construções.
As diversas obras que estão em andamento, especialmente para a Copa do Mundo Fifa; as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro; a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), e o programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), além de outras obras estruturantes, são os principais indutores deste desenvolvimento do setor. Estima-se que até 2018 deverão ser iniciados, estar em andamento ou concluídos projeto com valor estimado de R$ 1,19 trilhão, pelo País afora, segundo a pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil, publicada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).
FORMAS E ESCORAS
Com sede no Rio de Janeiro e possuindo filiais nos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará, a SH Formas, Andaimes e Escoramentos tem participando, de maneira intensa, deste trabalho que está promovendo uma revolução na construção civil brasileira. Somente no ano passado, a empresa viu seu faturamento aumentar cerca de 20%, nos últimos quatro anos, fechando 2013 com um total de R$ 245 milhões, dos quais, cerca de R$ 13,6 mi apenas pela unidade do Ceará. De acordo com o diretor de Negócios da SH, Marcelo Milech, este crescimento só foi possível porque a empresa se antecipou à demanda do mercado e desenvolveu equipamentos específicos para atender às necessidades das obras de infraestrutura e de programas como o MCMV. “A empresa fez o desenvolvimento e o lançamento de mais de dez novos produtos, nos últimos quatro anos, capacitou suas equipes e contratou novos profissionais técnicos, com experiência em obras pesadas”, explicou. Lembrando que também foram desenvolvidas soluções técnicas específicas e equipamentos diferenciados.
Ele afirmou, ainda, que a região Nordeste é uma das que possui o maior nível de expansão no Brasil, especialmente porque as obras do PAC estão sendo retomadas com muita intensidade, além de outras de importância para a região, como a Ferrovia Transnordestina. “Também estão em andamento as obras das ferrovias Norte/Sul e a FIOL, a transposição do São Francisco – contemplando os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco -, as obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo nas quatro cidades sede no Nordeste, e a ampliação e construção de aeroportos”, destacou Milech.
Aliás, desde que o Brasil foi anunciado como País sede da Copa deste ano, a construção civil foi o setor que obteve os maiores lucros. Segundo dados do Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), desde 2007 já foram movimentados mais de R$ 35 bilhões na construção e ampliação de estádios e hotéis, portos, aeroportos, centros de treinamento, vias urbanas, comunicações, e outros investimentos necessários para receber bem os cerca de 600 mil turistas estrangeiros que são esperados. “Dentre as obras da Copa que estão sendo realizadas no Ceará, e das quais fornecemos formas para concreto e escoramento metálicos estão a Arena castelão, o VLT Parangaba-Mucuripe, e o Terminal de Passageiros do Porto de Fortaleza, no bairro Mucuripe”, completou Marcelo Milech.
Publicado em o estado (http://www.oestadoce.com.br) • Economia
Segunda-feira, 26 de maio de 2014.
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