O sistema de Parede de Concreto é uma ótima opção para construções de larga escala, entre suas vantagens está à economia, velocidade de execução e otimização da mão de obra.
Para aproveitar essas vantagens da melhor forma e dar mais eficiência a sua obra, é fundamental começar com um bom planejamento para garantir uma ótima execução.
Aqui, vamos listar as principais patologias encontradas na parede de concreto em seus processos de planejamento e execução, mostrando como evita-las mostrando suas principais causas, dicas de boas práticas e precauções. Confira!
PLANEJAMENTO
- Tenha um cuidado especial no planejamento. Realizar um treinamento intensivo com a equipe de mão de obra é fundamental para uma boa execução do processo, assim como, o processo de fiscalização, controle de qualidade e a logística do canteiro de obras são processos que devem ser muito bem estudados.
Thiago Fraga, Supervisor Técnico da SH, explica que nas obras há uma preocupação muito grande em alcançar os prazos estabelecidos, porém é preciso tratar a segurança e a qualidade como um diferencial e associar essa relação com uma boa produtividade. Seja na retração do concreto, trincas provenientes de uma montagem inadequada dos aços estruturais, dentes causados por uma montagem errada das fôrmas ou as outras abordadas no material acima, a qualidade e o cuidado devem ser tratados como prioridade.
Agora que você já concluiu seu planejamento, treinou sua equipe de montagem e todas as demais áreas estão alinhadas quanto a: prazo, organização e controle, fique atento às dicas durante a execução:
EXECUÇÃO:
Para evitar pequenos erros durante o processo de montagem, confira nosso vídeo de montagem de fôrmas para parede de concreto.
Erros de Montagem:
DENTES NA ESTRUTURA
São dentes que se formam entre o encaixe de peças. Essa patologia é provocada pela Falta de colocação de pinos e cunhas na montagem. Cada fôrma padrão do Lumiform possui 16 pinos, 16 cunhas e 6 espaçadores. Sua modulação e distribuição podem variar de acordo com o projeto do cliente. O Lumiform SH tem o mínimo de cunhas necessário.
DICA: Travar as fôrmas com pinos, cunhas e tirantes, evitando assim qualquer deformação no encaixe.
DESMOLDANTE NÃO APROPRIADOS
O uso de desmoldantes não específicos para fôrmas metálicas provocam um acabamento ruim na parede e laje.
DICA: Utilize um desmoldante adequado sugerido pela empresa química e/ou fornecedora das fôrmas.
Umidade na Base da Parede:
Os pontos de umidades nas paredes concretadas podem aparecer em algumas regiões tanto externa quanto internamente nas unidades térreas de alguns empreendimentos.
Para identificar essa patologia basta verificar a pintura na base da parede, caso ela passe a ficar com uma coloração diferente, pode haver algum problema de umidade nessa área. Logo após, pode surgir o escurecimento do revestimento, mais conhecido como Bolor, que pode causar bolhas e descascamento da tinta.
As causas desse problema podem ser:
UMIDADE DO SOLO
Para evitar essa patologia, vale considerar no projeto de fundação na Viga sob a face da calçada, em todo o perímetro do radier das unidades (+/- 30 cm, armar e proteger as vigas com lona plástica antes da concretagem.
CHUVAS
Ao baterem externamente nas paredes escorrem até a parte inferior e a água pode infiltrar “no pé”- “concretagem radier” x “concretagem parede
DICA: fazer a calçada externa com caimento para fora da projeção das unidades. Vale executar a impermeabilização em toda a calçada junto com a base da parede (aproximadamente 30 cm, antes da pintura externa de fachada). Argamassa polimérica é uma boa alternativa, limpar a interface “pé da parede” e junta radier x parede.
Estanqueidade nos Caixilhos de Alumínio:
Esse processo é muito importante para a interface dos caixilhos de alumínio e o sistema principal da parede de concreto. Seus métodos de fabricação e fixação são fundamentais para garantir a estanqueidade.
Para identificar erros nesse procedimento basta encontrar Umidades e vazamentos nas bordas dos caixilhos já colocados interno e externamente ao ambiente.
As causas prováveis dessa patologia são:
FABRICAÇÃO DO CAIXILHO
A má fabricação do caixilho pode provocar passagem de água pelos perfis, transbordo de água pelo trilho e “borbulhamento” no trilho inferior.
DICA: buscar no mercado, fornecedores que tenham experiência comprovada com o sistema, além de utilizar na fabricação perfis adequados. É importante avaliar para cada região a intensidade do vento (Norma NBR 10.821/NBR 6123), utilizar vedações adequadas nos perfis e trilhos superior e inferior, na fabricação executar os drenos em quantidade e tamanho adequado para cada região e compatibilizar o projeto de estrutura e medidas finais dos caixilhos (espessura adequada para fixação).
ERRO DE FIXAÇÃO
Sem uma devida fixação e com o uso contínuo, os caixilhos podem “afrouxar”, potencializando a entrada de água e consequentes vazamentos internos.
DICA: utilize três etapas para o assentamento e fixação dos caixilhos. Assentamento com espuma de poliuretano, fixação com buchas e parafusos nas faces laterais e superiores, utilizar um bom vedante no furo do parafuso e vedar as bordas internas e externas com mastique plástico para finalizar em todo perímetro.
Fissura:
A Fissura é um sintoma, e não uma manifestação patológica. Nenhuma obra, por melhor construída que seja, está livre de, ao longo de sua vida útil, apresentar fissuras. Do ponto de vista estrutural, 99% das fissuras não causam qualquer redução da capacidade resistente das estruturas, no entanto devem ser evitadas e tratadas quando ocorrerem.
É importante observar se a fissura evolui com o decorrer do tempo ou se permanece estável. Algumas de suas causas são:
RETRAÇÃO PLÁSTICA
Fissuras pouco profundas (superficiais) de pequena abertura (inferior a 0,5mm) e de comprimento limitado, costumam ter incidência aleatória. Normalmente são provocadas pelo lançamento do concreto de forma inadequada, traço do concreto sem elaboração e validação adequada, falta de cura ou falta de fibra no concreto.
DICA: Para evitar é importante realizar a cura logo após a retirada das fôrmas, cura química recomendável para paredes e lajes, elaborar carta de traço adequada às especificações fornecidas pelo calculista e em função dos materiais disponíveis na região da obra – principalmente o tipo de cimento e temperaturas da região, utilizar fibra de polipropileno na composição do traço a ser adotado.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
A Fixação das tubulações de forma inadequada ou a criação do projeto de elétrica sem compatibilização podem causar fissuras transversais ou longitudinais em função das instalações elétricas embutidas no concreto.
DICA: Para evitar é importante realizar projeto de instalações compatíveis com as espessuras das paredes e lajes, fixar tubulações elétricas na armação de forma adequada, utilizando espaçadores plásticos apropriados e compatíveis com cada situação.
PROJETO:
A Falta de armação prevista em projeto Estrutural e o mau posicionamento desta armação quando prevista em projeto, podem causar fissuras nas regiões das janelas e portas. Localizam-se a 45° das extremidades.
DICA: A dica é seguir rigorosamente as posições previstas no projeto estrutural. Se possível colocar armação dupla para reforço na janela.
Independente da causa, esses sintomas devem ser tratados de forma imediata, pois podem causar danos irreversíveis à estrutura
O uso adequado dos materiais, treinamento da equipe, controle de qualidade mais rígido e acompanhamento tecnológico são investimentos que podem amenizar esses tipos de problemas.
Entre contato com a SH e saiba mais!